Manifesto para o mercado de tecnologia brasileiro:
Estamos descobrindo maneiras melhores de lidar com a forte expansão do setor de tecnologia em cenário de escassez de profissionais, para isso, valorizamos:
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Contratar pessoas em desenvolvimento, e não só as experientes.
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Promover cultura de crescimento com aprendizado contínuo.
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Habilitar essas pessoas a entregarem valor em projetos reais.
Com esses valores, pretendemos mais inclusão e crescimento saudável para pessoas, empresas e mercado.
Princípios por trás do manifesto
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Nossa maior prioridade é remover amarras para expandir o mercado de tecnologia brasileiro e, assim, catalisar seu potencial de transformação social.
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Empresas e organizações precisam assumir o protagonismo na transformação do mercado e serem verdadeiras empresas-escola, acolhendo e desenvolvendo mais pessoas de forma sustentável.
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É mais eficaz contratar pessoas iniciantes e investir em seu crescimento do que apenas competir pelas poucas pessoas experientes disponíveis.
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Vagas para iniciantes devem exigir menos conhecimento prévio e experiência anterior e focar mais em acelerar o desenvolvimento das pessoas.
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Crescimento exige oportunidade e uma cultura saudável de aprendizado, mentoria e evolução. Ser empresa-escola vai muito além de apenas oferecer bons cursos.
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Evolução pessoal acontece em ambientes seguros para poder errar, iterar e aprender.
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Pessoas mais experientes são fundamentais no acompanhamento de pessoas em desenvolvimento. Seu papel também é apoiar, ensinar, inspirar e multiplicar.
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Novas pessoas são capazes de entregar valor rapidamente em projetos reais se apoiadas e habilitadas para isso.
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Projetos e processos precisam ser acolhedores e acessíveis para quem está começando. Evitar complexidade diminui barreiras na entrada de novas pessoas.
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O foco em vagas para iniciantes que impulsionam crescimento abre importante espaço para a inclusão de pessoas de perfis mais diversos e grupos sub-representados.
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Times mais diversos, socialmente e em conhecimento, são essenciais para a solução de problemas complexos em tecnologia.
Signatários
- Sérgio Lopes CTO na Alura Entenda as Ações
- Daniele Botaro Diretora de Diversidade e Inclusão para a Oracle na América Latina Entenda as Ações
- Renan Martins Head de Tecnologia da Thoughtworks Brasil
- Wanderley Baccala Diretor Executivo Hub Digital, Estratégia & Tecnologia, Globo Entenda as Ações
- Mariel Reyes CEO na Reprograma
- Phil Calçado CTO no PicPay Entenda as Ações
- Victor Cavalcante CEO na Lambda3 Entenda as Ações
- Thiago Barradas Engineering Manager na Stone Entenda as Ações
- Samanta Cicilia Head de Engenharia na Pagar.me Entenda as Ações
- Alberto Souza CTO People na Zup
- Alan Batista Fundador da Rebase Entenda as Ações
- João Almeida Fundador da Campus Code Entenda as Ações
- Patrícia Fumagali VP Transformação Digital na Ânima Entenda as Ações
- Marcell Almeida CEO na PM3
- Robson Rodrigues CTO na Gupy
- Karen Kanaan Diretora na 42 São Paulo
- Camila Achutti CEO da Mastertech e Presidente da SOMAS
- José Messias Jr. CEO na Cubos Academy
- Felipe Matos CEO na Sirius
- André Faria CEO na Bluesoft Entenda as Ações
- Fabio Camara CEO na FCamara Entenda as Ações
- Sylvestre Mergulhão CEO na Impulso Entenda as Ações
- Tomás Ferrari CEO da GeekHunter
- Gabriel Massote CTO na idwall
- Tatiana Di Rienzo Fundadora da Remotar Entenda as Ações
- Caio Rodrigues CEO na Toti Diversidade
- Alex Freire CTO na Sami Saúde Entenda as Ações
- Gabriel Ferreira CTO na Coodesh Entenda as Ações
- Jefferson Lima Fundador da Prototipando a Quebrada Entenda as Ações
- Mariana Carvalho Co-fundadora da Brazilians in Tech Entenda as Ações
- Robson Marques CEO na Rocketseat
- Renato Feder Secretário da Educação do Paraná
- Vinicius Bufoni CTO na Vindi
- Wesley Willians CEO na Full Cycle
- André Coelho CEO na Techzei Entenda as Ações
- Gabriel Vieira Flores CEO na MoreDeve Entenda as Ações
- André Pinto CTO na GSUP Nexos Entenda as Ações
- Leandro Campos CEO na Nvoip Entenda as Ações
- Fabricio Buzeto CTO na bxblue Entenda as Ações
- Pedro Renan CEO na PRTE Entenda as Ações
Faq
Por que o Manifesto foi criado?
Para ajudar o crescimento e a sustentabilidade do mercado brasileiro de tecnologia. Se você já notou que o estado atual inviabiliza o crescimento da sua equipe de tecnologia, está no lugar certo.
Na prática, como posso implementar o Manifesto Tech na minha empresa?
Seguindo os três valores da forma mais próxima possível. Sabemos que a curto prazo a contratação de pessoas em desenvolvimento pode gerar entregas que não atendem inteiramente às expectativas do seu planejamento atual e que as stacks mais comuns talvez não sejam as melhores para a sua equipe e projeto.
O Manifesto, no entanto, não é um checklist tampouco um framework - e isso significa que você pode implementá-lo de diferentes formas. Queremos, inclusive, construir em conjunto. O que você está fazendo para combater a escassez de talentos e pessoas em tech? Como está dando oportunidades para mais pessoas de dentro e de fora da empresa? Nós queremos aprender com você.
A médio prazo, o tamanho e a senioridade (média) do seu time vai depender muito do sucesso da sua implementação do Manifesto. E, a diversidade tem papel fundamental para essa implementação.
Por que a diversidade é importante e qual a relação com o Manifesto?
A necessidade de mais profissionais no mercado de tecnologia é uma oportunidade única de preencher esses espaços de forma mais diversa. De fazer diferente do que historicamente é quase sempre feito.
A tecnologia como profissão pode ter menos barreiras de entrada que a maioria das outras profissões do mesmo patamar de remuneração. Isso se empresas e o mercado abraçarem como valor fundamental essa transformação social. Por isso o Manifesto foi criado.
Praticar a diversidade exige preparar seus times e a cultura organizacional para efetivamente receber pessoas diversas. Pessoas diversas partem de pontos diferentes, é preciso compreensão, apoio e acompanhamento para o contexto de cada um. Isso é inclusão verdadeira.
A inclusão de grupos sub-representados leva a um futuro mais justo. Mas vamos além: times, empresas e o mercado com mais diversidade são essenciais para resolver os desafios mais complexos do mundo da tecnologia.
Como apoiar e espalhar a mensagem do Manifesto?
Todas as pessoas inseridas no mercado de tecnologia são incentivadas a divulgar e apoiar publicamente os valores e princípios do Manifesto. A transformação só virá se um forte Movimento for criado em torno dessas mensagens.
Se você já está em uma empresa ou organização, seja agente de mudança. Influencie na contratação de pessoas, incentive uma cultura de aprendizado saudável, habilite pessoas para essas novas atividades.
Se está procurando uma oportunidade para entrar no mercado, busque as iniciativas das empresas signatárias, que não só acreditam como praticam os valores do Manifesto.
Como minha empresa pode assinar o Manifesto?
Empresas e organizações podem se tornar signatárias do Manifesto submetendo sua candidatura. Muito mais importante que concordar com os valores e princípios é efetivamente vivenciar na prática, ou ao menos ter um plano de ação concreto. Queremos saber sua visão sobre o Manifesto e suas iniciativas para implementá-lo.
Veja mais detalhes no repositório do Manifesto.
Quem contribuiu com a construção do Manifesto?
O texto foi construído colaborativamente por todas as pessoas das empresas e organizações signatárias que vivem e experimentam diferentes contextos no seu dia a dia de tecnologia, em diferentes estágios de implementação. Deixamos também nosso agradecimento a Roberta Arcoverde, Maurício Linhares, Filipe Deschamps, Danilo Sato e Mário Souto que colaboraram com o texto, além da organização da Alura para sua concretização.
Onde está o repositório?
Todo texto, conteúdo e este site estão publicados no Github no repositório manifestotech/manifestotech. Issues com correções são bem-vindas.
Por que o Manifesto não tem versões em outras línguas?
Porque o Brasil enfrenta problemas específicos. Além da mão de obra especializada, que já era escassa, agora o mercado de trabalho é verdadeiramente internacional e remoto, ou seja: talentos brasileiros são cada vez mais prospectados por empresas estrangeiras com moeda mais forte que a nossa.
Por um lado, é ótimo que pessoas brasileiras da área tech tenham acesso a essas oportunidades - ao mesmo tempo, o nosso mercado precisa se manter competitivo, e isso só será possível se apoiarmos o desenvolvimento e crescimento profissional desses talentos aqui no país.
Apesar do mundo todo, de uma forma ou de outra, enfrentar neste momento escassez de mão de obra de tecnologia, o Brasil tem uma questão mais crônica. É uma incoerência sofrer com falta de profissionais enquanto temos tantos desempregados e subempregados. Por outro lado, é uma oportunidade de desenvolvimento e transformação social. O Manifesto aponta nesta direção.